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Gilligan retorna: série “pluribus” explora felicidade obrigatória em mundo distópico

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Vince Gilligan, o renomado criador de “Breaking Bad” e “Better Call Saul”, apresenta sua mais recente obra, “Pluribus”, uma série que abandona o mundo do crime para mergulhar em um universo quase surreal. A nova produção, disponível na Apple TV+, examina os limites da natureza humana em um mundo em colapso.

Misturando ficção científica, crítica social, humor ácido e um toque de mistério, a trama se apresenta como uma das mais inventivas e provocadoras da carreira de Gilligan.

A história de “Pluribus” acompanha Carol Sturka, interpretada por Rhea Seehorn, conhecida por seu papel em “Better Call Saul”. Carol é uma escritora de sucesso que se encontra em uma realidade onde todos parecem excessivamente felizes, de uma forma quase perturbadora.

Desconfiada, Carol observa essa repentina euforia coletiva, permanecendo imune a ela. A protagonista questiona a autenticidade dessa felicidade, destacando o tom crítico e irônico da série.

Esse contraste entre o real e o artificial impulsiona a narrativa, com Gilligan explorando temas como controle social e uniformização das emoções. A série evoca obras como “1984”, de George Orwell, e “Invasores de Corpos”, ao mesmo tempo em que incorpora elementos de humor e desconforto existencial.

Rhea Seehorn entrega uma atuação marcante como Carol, equilibrando emoção e ironia para dar credibilidade a um mundo cada vez mais absurdo. Gilligan, conhecido por criar personagens moralmente ambíguos, volta seu olhar para o cinismo e o conformismo da sociedade, tornando Carol uma figura identificável em sua imperfeição.

Embora “Pluribus” não esteja diretamente ligada a “Breaking Bad” ou “Better Call Saul”, a série se passa em Albuquerque, Novo México, uma cidade que se tornou um cenário recorrente nas produções de Gilligan. A trama se expande para além da vizinhança de Carol, revelando que o fenômeno da “felicidade permanente” é global.

Entre os personagens secundários, destacam-se Miriam Shor como Helen, parceira e empresária de Carol, e Karolina Wydra como Zosia, uma assistente designada para auxiliar Carol a se adaptar à nova realidade.

Desde o início, “Pluribus” estabelece um mistério que mantém o espectador intrigado. A série aborda temas como paranoia, controle e o medo de perder a individualidade. O título, derivado da expressão latina “E pluribus unum”, sugere a ideia de uniformização.

Gilligan utiliza a ficção científica para refletir sobre a realidade contemporânea, tecendo comentários sobre a busca incessante por positividade, a influência das redes sociais e o poder de quem controla a narrativa.

Cada episódio termina com a frase “This show was made by humans”, uma referência à ascensão da inteligência artificial e um resumo do espírito da série. “Pluribus” explora o que nos torna humanos: a capacidade de sentir diversas emoções e resistir ao conformismo.

A série desafia o espectador, combinando humor, obscuridade e perplexidade. Gilligan demonstra sua criatividade ao entregar uma obra que une ficção científica e crítica social mordaz.

“Pluribus” questiona o limite da moralidade, explorando o que acontece quando a felicidade se torna uma imposição. Em um mundo de sorrisos constantes, a série destaca o valor de manter nossa humanidade.

Fonte: mixdeseries.com.br

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