PUBLICIDADE

Gerson King Combo: o Rei do Soul Brasileiro que Você Precisa Conhecer!

Lívia Nolla

Preparem os quadris e a alma, porque hoje a Setentrional Digital te apresenta um gigante da música brasileira! Gerson King Combo, o “James Brown brasileiro”, faria 82 anos neste dia, e a gente te conta tudo sobre esse ícone que incendiou os palcos com seu soul e funk contagiante.

Nascido no coração de Madureira, no Rio de Janeiro, em 30 de novembro de 1943, Gérson Rodrigues Côrtes, artisticamente conhecido como Gerson King Combo, foi um pioneiro que misturou o suingue carioca com a energia da black music americana. Irmão de Getúlio Côrtes, o gênio por trás de “Negro Gato”, Gerson trilhou um caminho fascinante até se consagrar como um dos maiores nomes do soul e funk no Brasil.

Sua jornada começou nos bastidores da TV Rio, dublando artistas no programa “Hoje é Dia de Rock”. Mas Gerson era pura inquietude artística, e logo se aventurou como dançarino e coreógrafo. Em 1965, seu talento chamou a atenção de ninguém menos que Chacrinha, que o convidou para coreografar as famosas chacretes. Que moral, hein?!

A convivência com a galera da Jovem Guarda despertou a chama de cantor em Gerson, que começou a brilhar como crooner em bandas como Renato e Seus Blue Caps e The Fevers. Em 1969, ele já era coreógrafo do show “De Cabral a Simonal”, de Wilson Simonal, um dos maiores sucessos da época, e até roubava a cena cantando e dançando no palco. Foi ali que Gerson teve a chance de gravar seu primeiro compacto, com as faixas “Apaga A Luz” e “Não Volto Mais Aqui”.

A Influência Internacional e o Nascimento do Rei

Nos anos seguintes, Gerson rodou o mundo ao lado de Simonal e sua banda Som Três. Em terras americanas, teve contato com lendas como Stevie Wonder e James Brown, que o inspiraram a adotar o nome artístico Gerson King Combo, uma homenagem ao artista de jazz King Curtis. A proximidade com o universo da Pilantragem também o conectou a artistas como Cassiano e Érlon Chaves, com quem trabalhou intensamente.

Em 1970, Gerson lançou seu primeiro álbum, “Brazilian Soul – Gerson Combo e a Turma do Soul”, um verdadeiro caldeirão de clássicos da música brasileira repaginados com o ritmo contagiante do soul. Imagine só “O Xote das Meninas” e “Pastorinhas” com uma pegada totalmente nova! Mas o sucesso nas rádios ainda não havia chegado.

Os Bailes da Pesada e a Coroação do Rei

No início dos anos 70, os “bailes da pesada” invadiram a cena carioca, com os DJs Big Boy e Ademir Lemos ditando o ritmo com os hits do funk e soul americano. Foi nesse ambiente que Gerson King Combo se consagrou, incendiando as pistas com sua energia e talento. Aclamado como o rei dos bailes, ele finalmente recebeu o apelido de “James Brown brasileiro”.

Com o crescimento do movimento Black Rio, Gerson King Combo viu sua estrela brilhar ainda mais forte. Em 1977 e 1978, lançou dois álbuns que levavam seu nome e que se tornaram verdadeiros clássicos, com hits como “Mandamentos Black”, “God Save the King” e “Funk Brother Soul”. Nesses discos, Gerson era acompanhado pela Banda União Black, que se tornou sua banda de apoio.

Ao lado de Tim Maia e Hyldon Cassiano, Gerson King Combo se consolidou como um dos principais nomes da música negra brasileira. Mas, infelizmente, o movimento black perdeu força no final dos anos 80, e Gerson se afastou dos palcos por um tempo, dedicando-se à produção de eventos.

O Retorno Triunfal e o Legado Eterno

Ainda bem que a cultura brasileira não deixou esse talento se perder! No final da década de 1990, Gerson King Combo foi redescoberto e voltou aos palcos com toda a sua energia. Em 2001, lançou o álbum “Mensageiro da Paz”, com participações de Cidade Negra e Sandra de Sá, e em 2009, “Soul da Paz”, mostrando que seu talento continuava intacto.

Em 2010, sua história foi contada no documentário “Viva Black Music”, e em 2016, ele foi convidado para estrelar uma campanha da Netflix para a série “The Get Down”, ao lado de Tony Tornado e Nelson Triunfo. Em 2020, lançou os singles “Deixe Sair o Suor” e “Tira Esse Joelho Daí”, mostrando que sua voz continuava relevante e engajada.

Gerson King Combo nos deixou em 2020, aos 76 anos, mas seu legado permanece vivo e pulsante. Se você ainda não conhece esse ícone da música brasileira, corre para ouvir seus hits e se prepare para dançar e se emocionar!

E aí, curtiu conhecer a história desse gigante? Então, compartilhe essa matéria com seus amigos e espalhe a energia contagiante de Gerson King Combo!

Setentrional Digital: Conectando você com a cultura da Amazônia Legal!

Fonte: https://novabrasilfm.com.br

Leia mais

PUBLICIDADE