Djavan presenteia o público com o lançamento de seu 26º álbum de estúdio, “Improviso”, disponível a partir desta terça-feira, 11, pela Luanda Records/Sony Music. O disco apresenta 11 canções inéditas e uma regravação especial de “O Vento”, parceria com Ronaldo Bastos que se consagrou na voz de Gal Costa.
O lançamento coincide com a celebração de cinco décadas de trajetória musical do artista. A turnê “Djavanear 50 anos. Só Sucessos” terá início em 9 de maio de 2026, no Allianz Parque, em São Paulo, e passará por outras dez cidades brasileiras, revisitando os maiores sucessos de sua carreira.
Em “Improviso”, Djavan explora a intuição como força motriz e o amor como um terreno fértil e arriscado. Segundo o artista, a busca pelo amor se assemelha ao jazz, permeada de imprevistos e improvisações. Essa abordagem moldou momentos cruciais de sua vida, como a decisão de permanecer no Brasil e cultivar suas raízes culturais, mesmo diante da oportunidade de gravar nos Estados Unidos.
A decisão de permanecer no Brasil, tomada no início de sua carreira, se mostra acertada. Djavan conquistou gerações com sua fusão única de R&B, samba, samba-canção e jazz. Sua música atravessa o tempo e alcança novos ouvintes, como a geração Z, que demonstra crescente interesse pela MPB. Para Djavan, essa conexão com o público jovem é resultado da diversidade de sua música, que encontra ressonância em diferentes gerações.
O artista se mantém conectado com o novo, acompanhando as tendências musicais e as redes sociais. Para ele, as plataformas digitais são ferramentas importantes para divulgar seu trabalho e interagir com o público, que lhe oferece um feedback valioso.
Entre as faixas do novo álbum, destaca-se “Falta Ralar!”, inspirada nas vivências dos netos de Djavan. A canção retrata, com leveza, os desafios dos primeiros relacionamentos na adolescência, explorando a diferença de maturidade entre garotas de 15 anos e garotos de 18.
O álbum mergulha nos caminhos do amor, abordando desde a liberdade em “Um Affair” até as paixões recém-descobertas em “Cetim” e “Para Nunca Mais Esquecer”. Há espaço também para a dor, expressa na balada “Levei a Noite”. Em “O Escolhido”, Djavan canta sobre um amor que ainda não existe, mas já se faz presente. “O Grande Bem” eleva o sentimento a um patamar sublime, enquanto “Sonhar” assume um tom mais político, refletindo sobre a guerra e os tempos sombrios. A faixa homônima, “Improviso”, revela a criação impulsionada pela dor.
“Improviso” guarda memórias que remontam a décadas. “Pra Sempre” resgata uma melodia de 1987, criada para Michael Jackson, mas nunca enviada. Quase quarenta anos depois, Djavan decidiu finalizá-la como homenagem ao Rei do Pop. Já a regravação de “O Vento” é um tributo à amizade com Gal Costa.
O álbum foi gravado no estúdio Em Casa, de Djavan, com a participação de músicos que o acompanham há anos. Torcuato Mariano (guitarras), Marcelo Mariano (baixo), Paulo Calasans e Renato Fonseca (pianos e teclados), Felipe Alves (bateria) e Marcos Suzano (percussão) contribuem para a sonoridade característica do artista.
Djavan também oferece conselhos aos novos artistas, incentivando-os a ter clareza de seus objetivos, perseverança e a sonhar grande, mesmo diante dos desafios e das barreiras raciais. O artista se lembra do momento em que abraçou um violão e sentiu que aquele era seu futuro. Meio século depois, Djavan segue improvisando e presenteando a música brasileira com sua arte.
Fonte: www.tenhomaisdiscosqueamigos.com
