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Heitor villa-lobos: legado imortal na música popular brasileira

O maestro e compositor Heitor Villa-Lobos | Imagem: Reprodução

O Brasil celebra hoje, 18 de novembro de 2025, 66 anos da ausência de Heitor Villa-Lobos, um gênio da música que faleceu em 1959, aos 72 anos. Nascido em 5 de março de 1887, Villa-Lobos é considerado o maior compositor da história do país, tendo seu aniversário marcado como o Dia da Música Clássica Brasileira. Para homenagear seu legado, destacamos quatro momentos cruciais em que sua genialidade influenciou e enriqueceu a Música Popular Brasileira (MPB).

Villa-Lobos, carioca do Rio de Janeiro, transcendeu fronteiras, sendo reconhecido mundialmente como um dos maiores compositores das Américas e uma figura central na música clássica brasileira do século XX. Autor de aproximadamente duas mil obras, entre choros, óperas e sinfonias, ele se destacou por sua busca incessante por uma linguagem musical autenticamente brasileira, incorporando elementos de canções populares, melodias indígenas e nuances das culturas regionais.

Sua participação na Semana de Arte Moderna de 1922, ao lado de nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Anita Malfatti, solidificou seu papel como expoente do modernismo no Brasil. Suas composições refletem tanto a influência da música folclórica brasileira quanto a tradição clássica europeia, culminando em obras emblemáticas como as “Bachianas Brasileiras” (1930-1945).

Além das “Bachianas”, seus “Etudes para Violão” (1929) e “5 Prelúdios” (1940) são peças fundamentais no repertório violonístico brasileiro, influenciando gerações de artistas da MPB. Villa-Lobos também foi mestre de compositores notáveis, como Tom Jobim, que popularizou e sintetizou suas ideias na MPB.

Um dos exemplos mais emblemáticos da influência de Villa-Lobos na MPB é “O Trenzinho Caipira”, movimento da suíte musical “Bachianas Brasileiras n.º 2”. Composta em 1930, a peça evoca os trens locais do interior do Brasil, com uma sonoridade que imita as locomotivas da época. Em 1976, Ferreira Gullar adicionou letra à música, que foi regravada por diversos artistas da MPB, como Edu Lobo, Egberto Gismonti, Ney Matogrosso, Simone, Maria Bethânia, Hermeto Pascoal, Zé Ramalho e Adriana Calcanhotto.

Outra obra notável é “Melodia Sentimental”, com letra de Dora Vasconcellos, parte da trilha sonora do filme “A Floresta do Amazonas”. A canção, gravada por Djavan para o filme “Deus É Brasileiro”, também ganhou versões de Elizeth Cardoso, João Bosco, Zizi Possi, Ney Matogrosso, Johnny Alf, Maria Bethânia e Mônica Salmaso, entre outros.

A colaboração de Villa-Lobos com o poeta Manuel Bandeira resultou em “Modinha”, interpretada por Nara Leão, Inezita Barroso, Tom Jobim e Ney Matogrosso.

Ney Matogrosso, em particular, prestou uma homenagem especial a Villa-Lobos com o álbum “O Cair da Tarde”, que inclui canções como “Cair Da Tarde”, “Veleiro”, “Modinha”, “Melodia Sentimental”, “Prelúdio Nº 3 (Prelúdio da Solidão)” e “O Trenzinho Do Caipira”, além de um pout-pourri de canções tradicionais adaptadas por Villa-Lobos.

Fonte: novabrasilfm.com.br

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