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Jane duboc celebra 75 anos de carreira na música brasileira

A cantora e compositora paraense Jane Duboc | Imagem: Reprodução

A renomada cantora e compositora Jane Duboc completa 75 anos, marcando uma trajetória singular na música popular brasileira. Nascida em Belém, no Pará, Jane demonstrou talento artístico desde a adolescência, participando de festivais locais e programas de televisão.

Paralelamente à música, Jane destacou-se no esporte, colecionando medalhas em natação, vôlei, tênis e tênis de mesa. Sua relevância foi tamanha que a Assembleia Legislativa do Pará criou um prêmio com seu nome para incentivar jovens atletas.

Aos 17 anos, Jane recebeu uma bolsa de estudos nos Estados Unidos, onde permaneceu por cerca de seis anos. Lá, aprofundou seus conhecimentos em orquestração, canto lírico, flauta e arte dramática. Durante esse período, apresentou-se em bares, boates e igrejas, além de trabalhar com publicidade.

De volta ao Brasil na década de 1970, formou o grupo Fein e gravou o compacto “Pollution”, produzido por Raul Seixas. A canção, de temática considerada subversiva, foi censurada, levando Jane a gravá-la em scat, técnica vocal característica do jazz.

A artista também integrou o coral da Rede Globo, participou de trilhas sonoras de filmes e peças de teatro, colaborou com Egberto Gismonti e envolveu-se em projetos regionais, como o “Música Popular do Norte”.

Os anos 80 marcaram a ascensão de Jane Duboc no cenário da MPB, com canções românticas que conquistaram o público e as rádios. Entre seus sucessos, destacam-se “Chama da Paixão”, “Sonhos” e “Besame”. Em 1982, participou do festival MPB-Shell com a música “Doce Mistério (Tentação)”, alcançando o terceiro lugar.

A versatilidade de Jane Duboc a levou a explorar o jazz, os musicais, as gravações internacionais e as releituras sofisticadas. Em 1994, gravou o álbum “Paraíso” com o saxofonista norte-americano Gerry Mulligan, lançado também no Japão.

Em 2002, celebrou 30 anos de carreira com o CD “Sweet Lady Jane”, gravado em Nova York e produzido por Ivan Lins. No mesmo ano, cantou com a Israel Philharmonic Orchestra, sob a regência do maestro Nelson Ayres.

Sua voz marcante também integrou coletâneas internacionais, como o álbum “PINK – Champagne”, que reuniu grandes vozes femininas do jazz e do pop mundial.

Além da música, Jane dedicou-se ao universo infantil e à dramaturgia musical. Em 2021, criou o espetáculo digital “Ilustre Criança”, onde atuou como atriz, compositora e diretora musical, abordando temas como preservação ambiental, bullying e inclusão.

Com quase seis décadas de carreira, Jane Duboc continua a surpreender e emocionar o público. Recentemente, apresentou o show “Você e Eu”, em homenagem a Carlos Lyra, e lançou o álbum homônimo ao lado do violonista Nelson Faria.

Sua voz, considerada uma das maiores da música brasileira, representa uma ponte entre a MPB, o jazz, a educação cultural e a projeção internacional da voz feminina brasileira.

Fonte: novabrasilfm.com.br

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