Em um episódio tenso e revelador, “Pluribus” aprofunda a busca de Carol pela verdade por trás da infecção que assolou a humanidade. Após o confronto do capítulo anterior, a protagonista persiste em desvendar os segredos da mente coletiva e encontrar uma forma de reverter o cenário aparentemente irreversível.
O episódio se inicia com um comportamento incomum dos “afetados”, que evitam o contato direto com Carol, como se sua curiosidade representasse uma ameaça à estabilidade do grupo. Essa mudança repentina demonstra a crescente tensão entre Carol e os infectados.
Apesar dos perigos, Carol encara o incidente com Zosia como uma pista valiosa e segue obstinadamente em frente, o que guia suas ações ao longo do episódio.
A narrativa ganha força com a descoberta de um QR code suspeito em um produto na casa de Carol. Inicialmente, a marcação parece insignificante, mas a descoberta de códigos semelhantes em outras embalagens leva a protagonista a questionamentos inevitáveis.
Carol percebe que diversos produtos exibem a mesma assinatura enigmática, o que sugere que os “afetados” estão manipulando as linhas de produção. Ao investigar a origem desses produtos, Carol chega a uma instalação que aparenta ser uma fábrica comum, mas logo revela um lado sinistro.
O ponto alto do episódio 5 é a sequência final, onde Carol explora a área de armazenamento refrigerado da loja ligada à fábrica. Lá, ela se depara com uma descoberta que abala sua postura racional e científica.
A reação de terror silencioso no rosto da protagonista sugere uma revelação chocante: os infectados podem estar armazenando corpos humanos na câmara fria. A cena é construída de forma sutil e arrepiante, deixando o espectador preso ao silêncio que precede os créditos. A possibilidade de que os “afetados” estejam colhendo humanos para consumo ou reutilização eleva o nível de horror da série.
O episódio também explora o mistério do líquido consumido pelos infectados. Ao examinar o lixo de sua casa, Carol nota a quantidade anormal de caixas de leite descartadas, o que a leva a um centro de produção onde descobre um fluido amarelo e oleoso sendo distribuído como leite. Carol registra tudo, tentando alertar outros imunes sobre sua descoberta.
A ausência de cheiro e a aparência incomum do líquido reforçam a teoria de que os infectados estão produzindo uma substância derivada de restos humanos, o que se conecta diretamente à descoberta na câmara fria. A lógica fria e eficiente da mente coletiva sugere que, para um organismo que prioriza a sobrevivência, usar os mortos como recurso seria um passo lógico.
Enquanto Carol tenta alertar outros sobreviventes, fica claro que suas mensagens estão sendo ignoradas. Os infectados continuam atendendo suas solicitações, mas apenas por meio de drones, evidenciando que não desejam mais a presença dela.
A ruptura começou no episódio anterior, quando Carol forçou Zosia a revelar informações que o coletivo preferia manter em segredo. A partir desse momento, os infectados a consideram uma ameaça, não agressiva, mas perigosa por sua capacidade de desvendar verdades que comprometem o equilíbrio da nova ordem.
Este episódio se consolida como um dos mais impactantes da temporada, não apenas pela revelação final, mas pela forma como reorganiza as relações entre Carol, os infectados e os demais sobreviventes. “Pluribus” expande o escopo do horror existencial, investe no desconforto e entrega um episódio que deixa o público ansioso por mais. A série reafirma sua força como uma das ficções científicas mais intrigantes da atualidade, marcando um divisor de águas no entendimento sobre o que realmente está em jogo.
Fonte: mixdeseries.com.br